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269. Ressurreição

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25.04.2022 | 2 minutos de leitura
Diego Lelis Cmf
Crônicas
269. Ressurreição
“Eis que estou convosco todos os dias,
até o fim dos tempos” (Mt 28,20)

[...] De boca em boca, de casa em casa,
de nação em nação
corre veloz a notícia feliz:
“Jesus ressuscitou!”
Quem crê, saia depressa, correndo
atrás de Madalena, de Pedro e de João…[...]
A última palavra será: RESSURREIÇÃO!
(Zé Vicente)

Naquele dia, o primeiro da semana, os corações das mulheres e dos homens, os amigos de Jesus, estavam despedaçados. Os sonhos estavam desfeitos e a esperança quase morta. O Senhor que outrora tivera dado sentido às suas vidas, aquele que ressuscitara o filho da viúva de Naim e a Lázaro, agora estava morto. O Mestre que tocara os leprosos, devolvera a visão aos cegos, fizera os paralíticos andarem, restituíra a dignidade a tantos e falara de amor, de justiça, igualdade e dignidade, agora estava silenciado pelo peso da morte. Ao menos era isso que aquelas mulheres e aqueles homens pensavam.
Não havia muito a fazer. Ir ao túmulo e tentar colocar perfumes no corpo do seu amigo era o último alento para dar o mínimo de dignidade àquele que dignificou a tantos, ou ainda, esse era o gesto necessário para selar, naqueles corações, a ideia de que o ele estava realmente morto.
O caminho até o jardim onde havia sido depositado o corpo de Jesus parecia longo. As mulheres, amedrontadas, com a alma ferida, recordando os feitos do Mestre. A voz dele ainda ecoava em seus corações; seu olhar sereno, seu sorriso e seus ensinamentos ensinando a chamar Deus de Pai ainda encontravam eco em seus corações.
A chegada ao jardim reservava uma surpresa: a pedra do túmulo estava fora do lugar, e o tecido que antes tivera envolto no corpo do Mestre estava jogado num canto, sinal de que Ele não estava mais ali. “Diga-nos para onde levaram o corpo do Mestre e vamos buscá-lo”, suplicaram as mulheres a uns homens que encontraram no túmulo. Mas a pergunta direta intrigava: “Por que buscai entre os mortos aquele que está vivo?”.
A súplica de Madalena era um desespero cheio de esperança. O desespero de perder o amigo querido e a esperança de algum modo poder reencontrá-lo. Por fim, o reconhecimento, o reencontro “Rabbuni”, que quer dizer mestre. Sua presença se fazia sentir. Era ele mesmo. Os pés, as mãos e o lado feridos atestavam que era ele, mas suas feridas não supuravam mais, pois o amor do Pai os havia curado. A morte fora vencida; o Pai ressuscitou o Filho; o amor venceu a esperança ressurgiu.
O reencontro é a esperança que volta aos olhos, a alegria que retorna ao coração e a certeza de uma vida nova que enche o peito. E desde então se sabe que Ele está no meio de nós e não há mais o que temer. O Cristo ressuscitado se fez ver pelos seus, como narram as Escrituras. Mas já não era preciso a presença física do Mestre. Ele estava presente nas vidas transformadas, nos sonhos devolvidos e na dignidade reestabelecida.
Se na manhã daquele dia a única coisa a ser feita era ungir o corpo do Senhor, depois do encontro com o Ressuscitado, aquele grupo que fora tocado profundamente pelo Mestre fizera um juramento, mesmo custando as suas vidas: seu Reino há de prevalecer porque ele vive. Saíram liderados por Pedro, a pedra base, anunciando a boa nova chamada de evangelho. Espalharam-se pelo mundo como o perfume de um jasmineiro florido, como uma música alegre em dia de domingo, levando a todos a esperança e a novidade: Ele está vivo no meio de nós. 
Feliz Páscoa! 

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