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296. Cristãos de primavera

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22.07.2024 | 3 minutos de leitura
Yuri Lamounier Mombrini Lira
Crônicas
296. Cristãos de primavera
“Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura;
As coisas antigas passaram e surgiram novas”
(2Cor 5,17)

Vamos, é Primavera! 
As flores vão se abrindo no jardim
Chegou a hora que a gente tanto espera
De acordar de um sonho, enfim...
(Irmã Míria Kolling)

Os ventos de setembro nos trazem a primavera. Começamos uma nova estação, um novo tempo, ainda que possamos questionar e constatar como nos versos da canção de Renato Russo, imortalizada pela voz de Cássia Eller: "Mudaram as estações, nada mudou, mas eu sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim tão diferente...". Realmente, podemos acreditar que alguma coisa aconteceu, mesmo que, às vezes, nossos olhos não consigam enxergar. Há algo diferente!
Assim, a primavera começa trazendo esperança, colorindo a paisagem com a beleza das flores. Suportamos as folhas secas do outono e toda a rigidez do inverno. Agora, chegou o tempo da floração. Época de nos surpreendermos com o florescimento da semente que fora lançada na terra. Há tantas flores pelo caminho... Há flores também dentro de cada um de nós. Mais uma vez é primavera. 
Em Eclesiastes 1,2-11, o autor sagrado faz a mesma constatação do poeta popular e diz que tudo se repete nesta Terra. "O que foi, será; o que aconteceu, acontecerá; não há nada de novo debaixo do sol". Na verdade, parece mesmo que tudo se repete de maneira cíclica, porém há sempre algo novo. Tudo se repete, mas nós não somos os mesmos. O amor de Deus nos faz perceber o encanto do mundo. Ele nos capacita a enxergar a beleza da vida, apesar das vicissitudes que lhe são próprias.
Como lembra o Papa Francisco, numa Catequese de Agosto de 2017: "Nós, cristãos, cremos que no horizonte do homem existe um sol que ilumina para sempre. Acreditamos que os nossos dias mais bonitos ainda devem chegar. Somos pessoas mais de primavera do que de outono. Gostaria de perguntar agora — cada qual responda no seu coração, em silêncio, mas responda — Sou um homem, uma mulher, um jovem, uma jovem de primavera ou de outono? Cada um responda a si mesmo... De primavera, que espera a flor, que aguarda o fruto, que se põe à espera do sol que é Jesus, ou de outono, sempre cabisbaixo, amargurado e, como às vezes eu disse, com a cara de pimenta avinagrada".
Inspirados no Evangelho de Jesus e nas palavras do Papa Francisco, que nós possamos ser sempre cristãos de primavera.