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162. O itinerário da fé

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28.12.2023 | 1 minutos de leitura
Pe. Geraldo Martins Dias
Diversos
162. O itinerário da fé
O evangelista São João, cuja festa celebramos ontem, identificado como “aquele que Jesus amava” (cf. Jo 13,23; 20,2), foi um dos apóstolos mais próximos de Jesus. A ele “o Senhor confiou o maior número de encargos e os mais íntimos segredos” (Missal Cotidiano). Tudo isso é sinal de como João assumiu de forma radical o discipulado de Jesus, tornando-se sua grande testemunha conforme ele mesmo afirma em sua carta – “isso que vimos e ouvimos, nós lhes anunciamos” (1Jo 1,3).

Esta é também nossa missão. Fazer a experiência de Cristo e anunciá-lo aos irmãos e irmãs a fim de que todos encontrem nele a razão de sua vida. No evangelho, João como que nos mostra o itinerário da fé e do discipulado: correr, ver e acreditar. Três verbos que supõem disposição e ânimo, despojamento de pré-conceitos e abertura ao desconhecido e novo.

O correr de João não significa um ir à deriva, sem direção nem rumo, em busca do nada. É o anúncio da ressurreição de Cristo que o tira da tristeza e da acomodação que a morte de seu mestre lhe trouxera. Assim, o correr de João é motivado pelo desejo de fazer a experiência do Crucificado-Ressuscitado. E como tem pressa! Corre até mais que Pedro. Não quer perder tempo. Deveríamos aprender isso com ele. E quantos há que ficam indiferentes, inertes, apáticos diante do anúncio da Ressurreição de Cristo!...

Os pés de João o levam ao túmulo de Jesus, mas seus olhos é que veem os sinais de vitória e de vida do Crucificado-Ressuscitado. Contendo sua ansiedade e respeitando a primazia de Pedro, seus olhos o conduzem ao interior do túmulo depois que Pedro entra. Está extasiado! Maravilhado! O mestre cumpriu sua palavra. A ressurreição de Jesus não é uma miragem. É pura realidade! E nós, o que vemos quando somos instigados a ir ao encontro do Crucificado-Ressuscitado? Só um olhar despido de pré-conceitos é capaz de ver além dos sinais. 

Da visão, João passa à fé. Ele “viu e acreditou” (Jo 20,8). O que viu? O túmulo vazio e “as faixas de linho no chão” (Jo 20,5). Só isso. Nada mais. O suficiente para acreditar que o Crucificado estava vivo. Era o que ele desejava. Lição para muitos que, movidos pela incredulidade, fazem mil e uma exigências para crer que Jesus vencera a cruz e vive entre nós.

Senhor, dá-nos coragem, disposição e ânimo para fazer o itinerário da fé e torna-nos, a exemplo de São João, discípulos amados de teu filho. Amém!

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