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179. BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A 2ª LEITURA DO 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano B

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25.09.2024 | 2 minutos de leitura
Pe. Francisco Cornélio F. Rodrigues
Diversos
179. BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A 2ª LEITURA DO 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano B
Leitura (Tg 3,16-4,3)

A segunda leitura ainda é tirada da carta de Tiago. Embora agrupado entre as cartas católicas, esse livro quase não possui características epistolares, aproximando-se mais do estilo dos escritos sapienciais e proféticos. O trecho lido neste domingo é tipicamente sapiencial; nele o autor contrapõe os frutos da sabedoria terrena àqueles da sabedoria do alto. A expressão “sabedoria terrena” não aparece no texto, mas no versículo que o antecede (3,15); já “sabedoria do alto” aparece explicitamente (3,17), o que deixa clara a oposição entre as duas. Para cada uma delas compreende-se um projeto de vida, quer dizer, uma forma de conduzir a existência.

O primeiro sinal da ausência da sabedoria do alto é a presença de inveja e rivalidade, das quais decorrem tantas outras desordens e males (3,16), como guerras, brigas e divisões (4,1). Esses são os frutos da sabedoria terrena. São coisas inadmissíveis na comunidade cristã; se encontradas, precisam ser eliminadas. Já a sabedoria do alto se caracteriza por sete qualidades ou virtudes (3,17), o que evoca perfeição e equilíbrio; quem vive dessa maneira é uma pessoa realizada e coerente com a vontade de Deus, tornando-se promotora da justiça e da paz (3,18).

A insistência sobre os frutos da sabedoria terrena denuncia o quanto ela estava enraizada nas comunidades destinatárias, comprometendo a relação com Deus e, por consequência, tornando ineficaz a oração (4,1-3). A verdadeira oração é comunhão com Deus e conformação à sua vontade. Quem não vive essa comunhão, obviamente, não sabe pedir, pois não conhece sua vontade.
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