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14. O eterno clamor do coração

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03.10.2014 | 3 minutos de leitura
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Casos da vida
14. O eterno clamor do coração

Buscar Deus é a necessidade mais profunda de cada ser humano. Não é um pedido da Igreja. Não é um costume social. É um sentimento que parte do mais profundo do nosso ser. Do coração da humanidade, envolto em incertezas e indagações, nasce um forte e inconfundível clamor: - Busque Deus. Esse clamor não é antigo nem moderno: é de sempre e para sempre; sempre existiu, sempre existe, sempre existirá. Ele foi sentido em todos os tempos, em todos os lugares, em todas as pessoas.


No princípio dos tempos, o homem não conhecia Deus. A existência de um Deus verdadeiro era um mistério que nenhuma inteligência podia desvendar. Deus ainda não havia se revelado à humanidade. Mas no coração da humanidade já havia um lugar para Deus. Desde a mais remota antiguidade, as pessoas sentiram sede de Deus, uma vontade de encontrar algo que preenchesse aquele espaço vazio do coração. Um desejo enorme de adorar algo sagrado, de saber que a vida está segura nas mãos de um alguém forte e santo.


E, sem conhecer Deus, o homem inventou deuses. E os adorou com piedade e reverência. O Egito adorou o deus-sol, o deus-boi. As pessoas erguiam as mãos para o sol e rezavam. Faziam imagens de bezerros e se ajoelhavam. A Grécia adorou Vênus - a deusa da beleza, Afrodite - a deusa do amor, e muitos outros. Roma adorou Baco - o Deus do vinho e adorou seus próprios reis como se fossem deuses. Os índios e outros povos mais primitivos adoraram o trovão, o raio, a tempestade, o sol, a lua, as estrelas... a natureza, enfim. Mas nenhum povo deixou de buscar uma divindade. Todos queriam Deus.


O homem precisa de Deus. Essa é uma verdade que poucos ousaram contestar. Mas houve um que contestou. Um homem francês importante,  dizem até que era filósofo. Inteligente, famoso, culto e de classe. Ele achava a maior besteira esse negócio de Deus. Dizia que o homem podia muito bem viver sem Deus. Deus não era necessário. Ele não acreditava em Deus de forma alguma. Ele tinha raiva de tudo o que a Igreja ensinava. Pensava que as pessoas buscavam Deus de tanto ouvir a Igreja falar nisso. Um dia, o filósofo teve um filho e, para evitar que ele aprendesse alguma coisa sobre Deus, decidiu prender o filho em casa, para mantê-lo bem distante da Igreja. Queria mostrar ao mundo que seu filho não precisava de adorar nenhum Deus, não precisava de nenhuma Igreja. Se nunca ouvisse falar de Deus, jamais iria sentir falta dele. O filho daquele homem importante foi crescendo e se desenvolvendo, preso em sua casa. O filósofo o educava com cuidado. Nunca lhe falava de Deus, nem permitia que ninguém falasse. Tudo parecia correr bem na vida do rapaz. Estava feliz com o menino, mas ignorava o que se passava em seu coração. Certo dia, ao chegar em casa, o filósofo não encontrou o rapaz no quarto, como de costume. Procurou-o pela casa inteira e foi encontrá-lo no jardim. Estava ajoelhado e de mãos estendidas, adorando o sol!


Só então o filósofo compreendeu que o homem busca Deus não só porque ouviu falar de Deus, mas porque o seu coração clama por Deus. Deus não é uma invenção. É o eterno clamor do coração.







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