Evangelho DominicalVersículos Bíblicos
 
 
 
 
 

12. Fazer por fazer

Ler do Início
30.08.2014 | 2 minutos de leitura
Fique Firme
Casos da vida
12. Fazer por fazer

Seu Joaquim é católico. Desses tradicionais. Todo mundo, quando o vê, diz admirado: “Olha como o seu Joaquim é católico!” E lá vai ele, pisando firme, para a igreja, com seu terno escuro.


Chega, se ajoelha, reza três Pai-Nossos e se senta. O padre entra e começa a missa. Seu Joaquim não entende de missa. Ele pega o terço e vai rezando, enquanto o padre faz a pregação. Ele sempre foi assim e pretende continuar sempre assim mesmo.


Participa de tudo direitinho. Vai à missa todo domingo, confessa e comunga uma vez por ano, como é o mandamento da Igreja, participa das procissões e das festas que são de preceito e diz: “O preceito, a gente é obrigado.”


Quando surge alguma coisa diferente na Igreja, ele não sabe se é preceito. Então, humildemente, procura o padre - porque padre, como ele diz, a gente procura é com humildade - e pergunta: “Seu vigário, vai ter um louvor. Esse negócio é obrigado? Vai ter um encontro. Esse encontro é obrigado? Vai ter uma reunião. Todo mundo é obrigado?”


O padre tenta explicar que as coisas são boas e importantes, mesmo sem ser obrigatórias. Mas isso, seu Joaquim não entende. Quando o padre tenta explicar muito, ele vai logo dizendo: “O que eu quero mesmo saber é o seguinte: se eu não for nessas coisas, vai ser pecado? Porque, se não for pecado, eu não preciso ir. Agora, se for pecado faltar, então, é claro que eu vou, porque pecar eu não quero de jeito nenhum.”


Seu Joaquim vai levando a vida, na medida em que é obrigado. No entanto, no fundo de seu coração, para ser sincero, não encontrou ainda muito sentido naquilo que faz. Ele aceita, com uma tranquilidade perturbadora, a ideia de que Deus, por meio da Igreja, o obriga mesmo a fazer certas coisas. Nem que seja só fazer por fazer.







Caso anterior:  11. Pra que serve cantar na Igreja?

Próximo caso:   13. Povo ingrato
PUBLICIDADE
  •  
  •  
  •  
  •  
  •