8. A greve do corpo


Solange
Maria do Carmo
Padre
Geraldo Orione de Assis Silva
Era uma vez um corpo, esbelto e forte, em que tudo funcionava muito bem. Mas, um dia, uma dose de vaidade e de orgulho contaminou aquele corpo, entrou na corrente sanguínea e chegou a todos os membros.
Então, a cabeça começou a dizer: “Eu sou a parte mais importante do corpo. Sou eu quem pensa e comanda as ações de todos os outros membros. Ai desse corpo sem mim! Todos os outros membros dependem de mim. Sou superior a todos”. E ficou esnobando.
Mas o coração, ouvindo o papo ruim da cabeça, logo protestou: “Quem é você? Você não pode nada sem mim. Sou eu quem bombeia o sangue que leva oxigênio e energia para você funcionar. Se eu decidisse parar, você logo deixaria de pensar tanta besteira. Eu é que sou o membro mais importante”.
O assunto se propagou e chegou ao estômago. Ele se contorceu e se pôs a reclamar: “Quem é o coração para se julgar mais importante que eu? Afinal, sou eu que transformo os alimentos em energia que vai produzir o sangue”. E disse revoltado ao coração: “Sem a energia dos alimentos que eu recebo, você não teria sequer sangue para bombear. Portanto, deixe de ser vaidoso. Se eu parar, você vai morrer também”.
Mas a boca ouviu a conversa e entrou no assunto: “Quem falou em alimento? Que eu saiba, sou eu a responsável principal pela alimentação. Eu é que entrego tudo mastigadinho ao estômago. Por isso, eu sou mais importante”.
As mãos ouviram isso e se revoltaram, dizendo ressentidas: “Pois queremos ver a boca mastigar se nós não lhe dermos o alimento, já que somos nós que levamos a comida à boca”.
E os pés não deixaram por menos e saíram com essa: “E nós queremos ver as mãos levando comida à boca, sem que nós a busquemos no mercado, porque quem leva o corpo para comprar comida somos nós”.
A discussão foi se prolongando sem trégua e o corpo todo já ia entrando em crise, quando o bom senso resolveu intervir e falou: “Calma, gente, nós somos um corpo. Cada parte tem sua função. Qualquer um de vocês que deixasse de funcionar colocaria em risco todo o corpo. Não há membro algum mais importante. O que existe entre nós são diferentes funções, porque cada um sabe fazer algo que é indispensável”.
E tendo ouvido o bom senso, o corpo voltou a funcionar maravilhosamente bem.
Por isso, fique firme na vida fraterna e participe ativamente dela, sem desanimar...
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