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56. Espaços de convivialidade

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25.06.2015 | 3 minutos de leitura
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56. Espaços de convivialidade

Já foi o tempo em que a paróquia era um lugar geográfico, onde a pessoa ia só para buscar um sacramento ou cumprir um preceito. Pra falar a verdade, originalmente nossas paróquias sempre foram muito mais que isso. Foi a secularização quem as transformou em prestadoras de serviços religiosos, arrancando-lhes o que ela sempre teve de melhor: seu caráter de convivência, de partilha, de espaço para experiências religiosas e fraternas.


Com a chegada da pós-modernidade, as pessoas começaram a redescobrir o valor de certas práticas e costumes que caíram no esquecimento com a modernidade, tão afeita à razão. Festejar, celebrar, conviver, gastar tempo rezando e partilhando parecia perda de tempo. Afinal, era urgente construir o reino, mudar a história, libertar os oprimidos, lutar por um mundo mais justo e fraterno. Não havia tempo a perder com o presente, pois a urgência do futuro se impunha, sem deixar espaços para o prazer do momento.


Nesse mundo moderno, secularizado e quase mecânico, as comunidades eclesiais mudaram suas feições. Deixaram de ser espaços de convivialidade para ser um local no qual se busca um serviço, um sacramento, uma benção, uma graça de Deus... Quem estava engajado não podia se dar ao luxo de pequenos prazeres como a convivência; quem não era engajado não queria se engajar nessa fé militante e esquerdista, diziam eles. Então as paróquias se transformaram num local onde se vai esporadicamente, para algum evento extraordinário: um casamento, um batizado, uma formatura...


Hoje em dia, nós católicos sentimos falta de espaços de convivialidade e fraternidade, que promovam a partilha, a troca de experiências e oportunidades para fazer a experiência de fé cristã. Pequenos encontros, coisas singelas, podem fazer toda a diferença. As paróquias podem se tornar espaços agradáveis de encontro, não só religiosos, mas culturais: sessões de cinema, serestas, apresentações musicais, eventos artísticos, teatros, almoços comunitários... Tudo isso pode ajudar a criar um clima fraterno nas paróquias e abrir espaço para diálogo e conhecimento uns dos outros.


Um filme, por exemplo, pode ser um bom começo de conversa. Por meio de uma película, a gente inicia um papo gostoso, a conversa flui e experiências profundas podem acontecer. Deus acaba tomando palavra nas palavras humanas e vai se dizendo na conversa da gente.


Uma seresta pode ser ocasião não só de apresentação musical, mas de encontro entre os amigos, oportunidade para cantar, dançar, comer e beber juntos. Não era isso que Jesus fazia com seus discípulos? Reunia-se para comer na casa de alguém, na beira da praia, na montanha e a prosa ia longe. Esses encontros são de uma riqueza sem par; aliás, encontro de corações que se amam é o que pode haver de melhor nessa vida.


E uma apresentação musical, um concerto, um coral? Já pensou que delícia famílias reunidas em torno da música, jovens, adultos e crianças... Todo mundo encantado com a magia da música.


Esses encontros podem dar o que falar. Eles agregam as pessoas, despertam o prazer de pertencer, aliviam o estresse, curam o coração ferido pela solidão e pela correria do dia-a-dia. Já pensaram nisso? Fica aí a dica!







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