68. Equipes de liturgia


Tem gente por aí que já está há tempos no serviço da Igreja, especialmente nas equipes de liturgia, e ainda não entendeu a importância da preparação das celebrações. Cada encontro para celebrar a fé, cada liturgia, por mais simples que seja, precisa ser bem preparada. Tudo deve ser feito com muito capricho e zelo, pois o mistério a ser celebrado é o mais belo de todos, o mistério da fé: a morte e a ressurreição de Jesus.
Se a preparação da missa, por exemplo, fosse só escolher leitores, não precisaria haver equipe para tal. Era só distribuir as leituras entre os alfabetizados – e hoje quase todos são, graças a Deus! – e estaria tudo resolvido. Mas não! A equipe de liturgia tem um papel muito importante. Desde o local onde a celebração acontecerá, passando pelos símbolos (tais como altar, vela, crucifixo, pão, vinho, flores etc.), até as leituras e o som da igreja, tudo deve ser minuciosamente pensado para que a celebração transcorra bem. As equipes se reúnem antes exatamente para isto: para meditar o mistério a ser celebrado e possibilitar que ele transcorra de forma tranquila e bonita.
Mas como fazê-lo? Primeiramente, ouvindo e partilhando as leituras do dia. Os membros da equipe de liturgia vão interiorizar, rezar, partilhar a mensagem das leituras das Escrituras daquele dia e, a partir dessa interiorização, vão procurar a melhor maneira de ajudar o povo a entrar nesse mistério. Cada leitura deve ser ensaiada, meditada, compreendida pelo leitor, para que ele possa proclamar o texto com propriedade, sabendo o que está comunicando. Os textos da Bíblia não devem ser lidos de qualquer forma. Eles devem ser proclamados com elegância e sabedoria, e isso exige mais do que saber ler as palavras e frases que ali se encontram.
Mas a preparação não se reduz ao âmbito dos textos bíblicos e dos leitores. Tudo, mas tudo mesmo, deve ser pensado com amor: os cantos que, na medida do possível, devem estar em sintonia com as leituras; a homilia, que deve ser momento de aprofundamento da palavra de Deus; os avisos, que não devem cansar o povo nem repetir coisas desnecessárias; as intenções de missas – se houver – que devem ser expressas de forma correta; os símbolos, que devem comunicar o que eles significam etc.
Por exemplo: o que significam as flores que enfeitam o ambiente da celebração? Significam a alegria do encontro dos irmãos, demonstram o zelo e o capricho da comunidade celebrante que precisou comprá-las, organizá-las, fazer os arranjos, mantê-las belas e vivas para aquele momento. Ora, se as flores são de plástico, com poeira acumulada e “cocô” de mosquitos, então elas já significam o inverso: desmazelo, descuido, não preparação... E isso vale para a toalha do altar, os vasilhames, as velas, o som, os leitores, os ministros etc. Tudo deve ser simples e singelo, mas belo e de bom gosto.
O problema é que nossa gente já se acostumou com o feio. E isso é grave. A cultura do feio entrou na Igreja, e a mais bela de todas as notícias – o evangelho – está sendo comunicada com feiura. Não combina! Retomemos o bom gosto e o capricho com as coisas de Deus. Fica aí a dica!
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