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15. A fé como proposta

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20.05.2015 | 3 minutos de leitura
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15. A fé como proposta

Diante de tantas mudanças que observamos, seria totalmente imprudente imaginar que a fé cristã continua se difundido pela força da sua tradição como outrora, ou seja, por osmose social. A fé cristã aparece no atual cenário multirreferencial religioso como uma proposta entre tantas outras. Na grande feira do mundo, a barraca da fé cristã não é mais a única opção como já fora um dia, como a única opção para a vida plena. Muita gente tem encontrado a paz, a alegria de viver e a vida em plenitude em outros caminhos... E mais: a Igreja Católica não detém o monopólio da fé cristã. Dentro do universo cristão, outras estrelas têm atraído olhares curiosos, corações sedentos de verdade e paz. A Igreja Católica perdeu sua hegemonia. E isso não é ruim; nem bom nem mal; apenas está aí e com essa realidade devemos viver. Se soubermos entender bem o momento que vivemos, essa situação pode favorecer a difusão da fé cristã, como falamos no artigo anterior. Ora, se a fé cristã, especificamente a fé católica – pois falamos de catequese da Igreja Católica – não se impõe mais por força da tradição, como fazer para transmitir a fé?


A primeira atitude importante de um evangelizador, um catequista, é a postura humilde diante do mundo e de suas múltiplas ofertas religiosas. Não somos os únicos a ofertar uma possibilidade de paz; nem os únicos que buscamos a verdade. A fé cristã é mensagem de amor sem medidas, de um Deus tão apaixonado por nós que ele próprio não se impôs como obrigatório. Deus criou e recria o mundo, amou-o e continua amando-o em Cristo, santificou-o e continua santificando-o pelo Espírito. Mas é bom perceber que, nesse movimento de amor, a marca maior de Deus é a oferta: Deus se oferece, não se impõe. Essa deveria também ser a marca da fé cristã: a oferta.


A catequese transmite a fé cristã, que não deve ser entendida como imposição, como necessidade. Sua aceitação deveria acontecer pela força de sua proposta, pela beleza de sua mensagem, pela atração de seu amor... O evangelho não é uma doutrina que tem que ser acolhida; é uma proposta de vida que é aceita, amada. Ela não precisa de imposições para encontrar seu espaço na sociedade. O próprio Deus da fé seduz, conquista, atrai aqueles que escutam sua mensagem. Se a catequese hoje admite essa verdade, mudam-se os caminhos catequéticos. Deixamos os caminhos tradicionais da catequese e passamos à catequese da proposição: propomos a fé cristã no que ela tem de mais belo e radical (inclusive suas exigências) e acreditamos que sua força de atração agirá. Deus mesmo vai seduzir os corações para acolher sua palavra de vida, pois ela é força para viver, como ele próprio seduziu cada um de nós e nos atraiu a ele. Confiemos nisso!







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