1. Juventude em pauta


Apesar de já distante (23 a 28 de julho 2013), ainda sentimos o sopro refrigerador do Espírito, que pairou sobre as praias de Copacabana por ocasião da 28ª Jornada Mundial da Juventude que reuniu e reanimou a vida de milhões de pessoas, parece oportuno não deixar esse frescor passar sem colocar em pauta a catequese dos jovens.
A catequese juvenil se apresenta como verdadeiro desafio em nossos dias. Mas não foi preciso muita coisa para agradar nossos jovens nestes dias de JMJ. Bastou somar um pouco do carisma, da bondade e da simpatia de nosso Papa com uma dose de alegria, de descontração, de naturalidade, de espiritualidade, de bom gosto e muita música, mais uma boa porção da Palavra de Deus, proclamada em ambiente de fé e festa, para que nossos jovens se sentissem atraídos para o seguimento de Jesus Cristo. Não foi preciso dissimular o evangelho como pensam alguns, que os jovens de hoje não estão prontos para a radicalidade e o escândalo da cruz. Não foi preciso adocicar a boa-nova para que ela fosse digerida por eles, pois os jovens são também capazes do Deus de Jesus Cristo e estão sedentos de sua palavra que faz viver. Não foi preciso transformar a celebração em show, mas foi preciso rejeitar uma liturgia engessada e sem vigor que muitas vezes insistimos em manter em nossas comunidades. Não foi preciso ambiente confortável, cadeiras almofadadas, nem templo liturgicamente projetado. Bastaram as areias de Copacabana como banco e o céu estranhamente cinzento e chuvoso do RJ como teto. O que falou mais alto não foi a beleza do templo, nem a rubrica litúrgica seguida à risca, mas a alegria de estarem reunidos em nome da fé e de poderem se expressar com gestos, palavras, canções, abraços, silêncios, preces... Se o conforto não foi quesito indispensável, foi, no entanto, indispensável abrir mão do conforto de nossas Igrejas e secretarias, abandonar nossas burocracias, romper protocolos e acolher o novo, para que os jovens pudessem se sentir Igreja e ter desejo de celebrar sua fé novamente. Certamente que a pastoral juvenil ou a catequese de jovens não poderá viver só disso; tem muito trabalho pela frente. Mas em terras brasileiras, onde por muito tempo se rejeitou – em nome da fidelidade aos pobres – todo tipo de pastoral ou movimento que se permitisse uma manifestação mais efusiva do Espírito, parece oportuno realçar que a JMJ no RJ quebrou paradigmas e ajudou a vencer preconceitos. Resta agora saber se nossas comunidades eclesiais vão saber aproveitar em seu seio os jovens que o Espírito de Pentecostes congregou em Copacabana. Basta um pouco de conhecimento das Escrituras para ver que, em Atos dos Apóstolos, não foram suficientes o derramamento do Espírito e a pregação de Pedro. Se a Igreja não se organizasse para acolher os que a palavra congregou, de nada adiantaria toda a obra do Espírito.
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