REFLEXÃO PARA A VIGÍLIA PASCAL – Lc 24,1-12 (Ano C)
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19.04.2025 | 13 minutos de leitura

Evangelho Dominical

Enquanto o evangelho do Domingo de Páscoa é sempre o mesmo – Jo 20,1-9 –, embora na missa vespertina se possa empregar também a passagem dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35), o da Vigília Pascal muda a cada ano, conforme o ciclo litúrgico. Neste ano, por ocasião do ciclo litúrgico C, o texto lido é Lc 24,1-12. Mais do que um relato de ressurreição propriamente, trata-se de um relato do túmulo vazio. De fato, este texto recorda a experiência das mulheres que foram até o túmulo de Jesus, na madrugada do domingo, e o encontram vazio, sem o corpo dele. Por sinal, é importante recordar que a ressurreição mesma não é narrada e nem descrita por nenhum dos relatos evangélicos, ou seja, nenhum evangelista diz como Jesus deixou o sepulcro, nem o momento em que isso aconteceu, apesar de a ressurreição ser o evento fundante da fé cristã. O que todos os evangelhos contam são indícios, como o sepulcro vazio, por exemplo, além de anúncios da ressurreição e experiências de encontro com a pessoa do Ressuscitado. E isso é suficiente para a fé.
O relato lido na liturgia de hoje possui versão paralela nos outros dois sinóticos (Mt 28,1-8; Mc 16,1-8), com aproximação também ao relato de João (Jo 20,1-9), embora com menos elementos em comum. É um texto rico, com muitos detalhes próprios de Lucas, embora tenha ficado um pouco esquecido ao longo da história, já que o destaque do capítulo vinte e quatro do seu evangelho sempre foi considerado o episódio dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35), que é o segundo texto mais conhecido do Terceiro Evangelho, ficando atrás apenas da parábola do filho pródigo (Lc 15,11-32). Pode-se dizer, então, que houve uma certa injustiça em relação ao relato do sepulcro vazio, como se lê na liturgia de hoje, inclusive porque, sem ele, o relato dos discípulos de Emaús se tornaria incompleto. De fato, todo o capítulo vinte e quatro de Lucas é dedicado à ressurreição, embora não chegue a descrevê-la, como acenamos anteriormente. E o ponto de partida é o texto de hoje.
Feitas as considerações iniciais, a nível de contexto, olhemos para o texto, que começa assim: «No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado» (v. 1). Como se vê, o texto começa com duas indicações temporais bem relevantes. A primeira é o “primeiro dia da semana”, ou seja, o domingo, o dia seguinte ao sábado. Ora, o sábado foi o último dia da antiga criação. Com essa expressão, o evangelista quer dizer que uma nova criação está em curso, um novo tempo e um novo mundo estão sendo gestados. Trata-se de um novo começo da história. A segunda indicação – “bem de madrugada” – sinaliza a situação da comunidade logo após a morte de Jesus: em trevas, no escuro. Apesar de um novo tempo estar surgindo, ainda se vive no caos, simbolizado pela madrugada. A luz ainda não despontou. E quem tem coragem de enfrentar as trevas, até rompê-las, são as mulheres, as primeiras a tomarem iniciativa na ausência de Jesus. Ora, em todos os evangelhos, as mulheres são as primeiras personagens a tomar iniciativa no primeiro dia da semana e, consequentemente, as primeiras que fazem experiência a ressurreição. Contudo, em Lucas esse fato tem um significado ainda mais forte, tendo em vista que, ao longo de todo o seu Evangelho, as mulheres foram mais evidenciadas e valorizadas como autênticas discípulas de Jesus.
Se tem uma nova criação em curso, o protagonismo humano fica por conta das mulheres, uma categoria que representa todos os grupos de pessoas marginalizadas, de acordo com a teologia de Lucas. É importante recordar que as mulheres vão ao túmulo para embalsamar o corpo morto de Jesus, ou seja, envolvê-lo em perfumes, bálsamos, como era um costume típico da cultura semita. No entanto, chegando lá, se surpreendem, pois «elas encontraram a pedra do túmulo removida» (v. 2). Certamente, ficaram ainda mais surpresas ao entrar no túmulo, pois lá «não encontraram o corpo do Senhor Jesus» (v. 3). Embora se trate de dois fatos impactantes – túmulo aberto e ausência do corpo – ainda não há evidência de ressurreição. Mas já há sérias motivações para uma reflexão com muitas interrogações, obviamente, além da preocupação e inquietação, como afirma o afirma o evangelista, ao dizer que as mulheres «ficaram sem saber o que estava acontecendo» (v. 4a). Aqui, a expressão verbal empregada pelo evangelista para expressar a reação das mulheres indica perplexidade, inquietação, dúvida. Poderia ser uma reação de medo, mas as mulheres discípulas de Jesus não podem ter medo, e Lucas faz questão de recordar isso. Elas ficam perplexas, mas não tem medo, mesmo diante de uma situação tão complexa.
Diante da perplexidade das mulheres, diz o evangelista que «dois homens com roupas brilhantes pararam perto delas» (v. 4b). As vestes brilhantes indicam que estes homens são mensageiros divinos, pertencem ao mundo de Deus; são o contrário das trevas da madrugada. Isso quer dizer que o dia novo está surgindo, marcado pela luz. Essa imagem também recorda a transfiguração de Jesus, quando ele permitiu ser visto por alguns discípulos em sua real condição de Filho Escolhido de Deus (Lc 9,28-36), por isso, sua veste apareceu resplandecente. O número dois credencia o testemunho dos homens como credível, conforme a mentalidade judaica que exigia pelos menos duas testemunhas homens para um fato ser acreditado (Dt 19,15). Apesar de estarem ainda perplexas, as mulheres reconhecem os homens como mensageiros divinos, o que se evidencia pela postura delas diante deles: «Tomadas de medo, elas olhavam para o chão» (v. 5a). Aqui, mais do que medo, o termo mais justo para expressar a reação das mulheres seria “temor”, enquanto reverência, que é a postura adequada do ser humano diante de Deus, o que se comprova pela atitude de olhar para o chão. É o reconhecimento da grandeza de Deus e dos limites da condição humana diante dele. Por isso, o que as mulheres sentiram não foi exatamente medo, mas temor de Deus.
Os mensageiros divinos interagem com as mulheres, e começam interrogando-as acerca do estavam fazendo ali: «Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo?» (5). Talvez estas sejam as palavras mais importantes de todo o relato. Antes de comentá-las, é importante recordar a relevância deste diálogo, comparando-o, inclusive, com o anúncio do nascimento de Jesus pelo anjo aos pastores (Lc 2,8-12). Tanto os pastores quanto as mulheres pertenciam a categorias de pessoas consideradas inferiores, sem nenhuma reputação nem relevância para a sociedade; eram pessoas altamente marginalizadas. Contudo, estas pessoas são as primeiras a receber as notícias boas de Deus, o que se constata pelo anúncio do nascimento e da ressurreição de Jesus. Isso mostra que Deus sempre teve um lado na história, que é o lado dos pequenos, humildes e humilhados, e isso ficou ainda mais claro com a vinda de Jesus de Nazaré ao mundo, cujo missão foi sintetizada por ele mesmo como uma busca pelo que estava perdido, o que tinha sido descartado pela sociedade e a religião do seu tempo.
O questionamento que os dois homens fazem às mulheres é decisivo: por que procurar entre os mortos o “Vivente”?. Ao invés da expressão “aquele que está vivo”, o termo “vivente” corresponde melhor à palavra grega empregada pelo evangelista (ζῶντα – zonta). Esse termo grego significa aquele vive e faz viver, e é essa a condição de Jesus Ressuscitado. Daí, o cuidado que a comunidade deve ter para não o procurar no lugar errado. E são muitos os lugares errados onde, não poucas vezes, se tem buscado Jesus. Às vezes, podem ser até assembleias litúrgicas onde há muita emotividade, muitos adornos, muita ortodoxia e pouco compromisso com o próximo. Certamente, uma das principais necessidades das comunidades de hoje é saber procurar e encontrar o Vivente e, consequentemente, tornar-se lugar de encontro com ele. Isso já era uma preocupação das comunidades de Lucas, e deve continuar sendo também hoje.
Após questionar as mulheres por estarem procurando entre os mortos o Vivente, os dois homens explicam a sua real condição, recordando o que ele mesmo tinha ensinado: «Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: “O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia”» (vv. 6-7). Temos aqui uma recordação explícita dos três anúncios da paixão (Lc 9,22; 9,43-45; 18,31-34), que marcaram todo o seu ministério, desde a Galileia até a consumação dos fatos, em Jerusalém, com a paixão e morte de cruz. Com este convite dos mensageiros divinos para as mulheres recordarem o que Jesus falou sobre o seu destino, o evangelista reforça a condição de discípulas destas mulheres. De fato, desde a Galileia elas acompanharam Jesus (Lc 8,1-3) como autênticas discípulas, e Lucas é o evangelista que mostra isto com mais clareza. Portanto, elas estão habilitadas a perceber que a ressurreição é a conclusão lógica de uma vida como a de Jesus. O que levou Jesus à morte na cruz foi a predestinação nem os anúncios proféticos, mas o seu estilo de vida, com suas opções, como as mulheres testemunharam ao longo do seu ministério.
E, conforme foram encorajados pelos dois mensageiros de Deus, «as mulheres se lembraram das palavras de Jesus» (v. 8). Mais uma vez, o evangelista ressalta que elas eram discípulas autênticas. Recordaram as palavras de Jesus porque estiveram com ele, acompanharam todo o seu itinerário, desde a Galileia até a cruz (Lc 23,27.49.55). Por “palavras”, aqui, compreende-se todo o ensinamento de Jesus, incluindo o seu agir libertador, sua práxis humanizante. Ao dizer que as mulheres “lembraram”, implicitamente o evangelista diz que elas acreditaram na ressurreição anunciada pelos dois homens de vestes brilhantes. E como as mulheres acompanharam Jesus desde o início na Galileia, logo não necessitaram de aparições ou manifestações extraordinárias para acreditar e aceitar sua condição de Vivente. As palavras de Jesus são suficientes. Já os discípulos homens, pelo contrário, só acreditarão quando o verem. As mulheres acreditaram sem vê-lo porque deram adesão verdadeira às suas palavras, assimilaram de modo mais completo os seus ensinamentos. Assim, o evangelista adverte também a sua comunidade e as comunidades de todos os tempos: quem tem acesso às palavras de Jesus, por meio do seu evangelho escrito, está em condição de fazer experiência com o Vivente e ser sinal da sua presença no mundo.
A memória das palavras de Jesus gera consciência missionária, desinstala, afasta o comodismo, como aconteceu com as mulheres que, logo após as recordarem, «voltaram do túmulo e anunciaram tudo isso aos Onze e a todos os outros» (v. 9). Elas se tornaram as primeiras anunciadoras da ressurreição, as primeiras mensageiras do Vivente e, por consequência, as primeiras a contribuir com Deus na construção do mundo novo, logo nas primeiras horas do primeiro dia da nova criação. E anunciaram tudo, quer dizer que não omitiram nada. Também aqui, certamente, o evangelista quer chamar a atenção dos seus leitores de todos os tempos a anunciar tudo o que compõem a mensagem e a vida de Jesus, o Vivente, independentemente se o anúncio será aceito ou não. Algumas das mulheres são citadas por nome, mas havia outras além delas (v. 10), um dado que reforça ainda mais a certeza de que o discipulado de Jesus sempre foi fortemente marcado pela presença feminina, apesar das diversas tentativas de ofuscamento e silenciamento delas, desde o início até hoje.
O testemunho das mulheres não era considerado credível na sociedade vigente, e os discípulos homens estavam totalmente condicionados àquela sociedade; isso reforça o fato de que eles ainda não tinham assimilado a novidade de Jesus que propôs ruptura com o sistema. Por isso, eles não deram credibilidade ao anúncio das mulheres, como denuncia o evangelista: «Mas eles acharam que tudo isso era desvario, e não acreditaram» (v. 11). Além de não acreditar, os discípulos homens acharam que o anúncio das mulheres não passava de um “delírio”, um termo mais fiel à palavra grega empregada pelo evangelista (λῆρος – lêros), que o lecionário traduziu por desvario. Por sinal, essa particularidade é mais um detalhe exclusivo do relato de Lucas. Somente ele emprega essa palavra, em todo o Novo Testamento. Com ela, ele denuncia a incredulidade dos discípulos homens de modo mais contundente. E a história mostra que o anúncio fiel da totalidade da mensagem de Jesus, o “tudo isso” – as palavras – anunciado pelas mulheres aos Onze e demais discípulos, quase sempre é considerado delírio, loucura ou subversão. A história também mostra que a rejeição ao “tudo isso” de Jesus, muitas vezes, começa naqueles que deveriam ser os primeiros a acreditar e acolher, como deveriam ter feito os Onze, desde o primeiro momento. A incredulidade deles diante do anúncio das mulheres será recordada ainda mais tarde, no diálogo entre os discípulos de Emaús e o forasteiro desconhecido, que é o próprio Senhor Ressuscitado (Lc 24,22), o que reforça a denúncia do evangelista a essa realidade.
Apesar da descrença generalizada entre os discípulos homens, o evangelista destaca uma postura diferenciada entre eles: «Pedro, no entanto, levantou-se e correu ao túmulo. Olhou para dentro e viu apenas os lençóis. Então voltou para casa, admirado com o que havia acontecido» (v. 12). Como se vê, o texto não diz que ele deu crédito ao anúncio das mulheres, mas mostra uma atitude diferente em relação aos demais. Pelo menos, ele ficou curioso, a ponto de correr ao túmulo. E, lá chegando, olhando para dentro, constatou que, de fato, o corpo não mais estava lá. De curioso que estava, a ponto de sair correr em direção ao sepulcro, Pedro ficou admirado, embaraçado, e esse é um primeiro estágio para a fé. A admiração também foi a primeira reação de Maria, a mãe de Jesus, diante do anúncio do anjo (Lc 1,29). Com este dado, Lucas está preparando o futuro protagonismo de Pedro na primeira comunidade, o que será bastante evidenciado no segundo volume de sua obra, o livro dos Atos dos Apóstolos. Ainda mais porque a imagem de Pedro ficou bastante comprometida após as negações, durante a paixão de Jesus. É necessário, portanto, reabilitá-lo para tornar credível a sua liderança na comunidade, e parece que o processo de reabilitação começa aqui, na perspectiva de Lucas.
É importante perceber e assimilar a mensagem da ressurreição transmitida pelo evangelho de hoje como a conclusão lógica da vida de Jesus, considerando seus primeiros passos, desde a concepção e o nascimento. Toda a sua vida foi uma doação constante de amor e por amor, com suas escolhas incompreensíveis até pelos familiares, sua predileção pelos pequeninos e humilhados. Tudo isso, sempre foi sinal claro de ressurreição. Devemos então, recordar tudo o que ele disse e fez, e anunciar sem medo, mesmo que pareça delírio. Para isso, é claro, não podemos continuar procurando-o onde só há morte.
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