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413. Elegia

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28.08.2024 | 1 minutos de leitura
Pe. Eduardo César Rodrigues Calil
Poesia
413. Elegia
Há tristeza encravada em todas as coisas,
Nestas letras e em todas as poesias,
Nesta casa e em todos os lugares,
Grande companhia,
Desde o raiar,
Até pôr-se o dia.
Atrás de otimismos,
Ou de lábios recostados.
Há tristeza rodeando todos os lares,
Atrás de sorrisos,
De abraços apertados,
Até mesmo atrás de otimismos, 
Ou de lábios recostados.
No encalço de quem, entre fingimentos,
Foge resoluto, decidido,
Para depois de toda fuga,
Invicto, cair derrotado,
Encarando o que tinha ignorado.
Tristeza é companhia certa,
Que eclode em cada palavra,
Ou rima, flerta
Com a disritmia de viver.
Há tristeza no morrer,
Em nunca ser o que queríamos.
Tristeza é posse, âncora jogada
Para nunca mais velejar.
É insólita parada,
Na manhã de todos os ais,
Sentir que não há cais...
Há tristeza em todos os lugares...
E não tem jeito de ser gente,
Se essa semente triste
Não se arrebenta em dor.