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13. Reunindo para aprofundar e avaliar

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09.03.2016 | 4 minutos de leitura
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13. Reunindo para aprofundar e avaliar

Uma necessidade urgente de todo grupo humano é reunir-se para se aprofundar em novos temas, avaliar o trabalho, celebrar as conquistas, conviver. Dizem por aí que o mundo vai ter fim em reuniões sem fim... Mas fazer o quê? Sem a gente tirar um tempo para reunir, fica difícil trabalhar direitinho. O negócio é tomar muito cuidado para não fazer reuniões infrutíferas, burocráticas, sem vitalidade, só para cumprir o calendário. As reuniões devem ser prazerosas, alegres, criativas, produtivas, mesmo que tenhamos que enfrentar problemas sérios e conflitos perigosos. Mas a alegria de nos encontrar, de procurar juntos as soluções, de não caminharmos sozinhos, deve ser maior que qualquer angústia de problemas a solucionar.


Uma boa ideia é fazer uma reunião dos catequistas uma vez por mês. As reuniões não precisam ter o mesmo esquema sempre. Uma pode ser para estudar (por exemplo, a didática da catequese ou o conteúdo dos encontros); outra pode ser para celebrar, rezar juntos; outra pode ser para comemorar a amizade do grupo, comemorar aniversários, fazer piquenique, jantar juntos. Há vários tipos de reuniões, todas elas úteis e importantes. O bom é que a turma dedicada à catequese tenha sempre ocasião de se encontrar; os catequistas partilham as dificuldades, celebram as vitórias, dão testemunho das conquistas, falam como se sentem, pedem ajuda uns aos outros. E os coordenadores estão por perto ajudando a administrar tudo isso, vendo como podem ajudar, que passos devem ser dados na solução de conflitos etc.


Além das reuniões com os catequistas, os coordenadores devem se encontrar para planejar, administrar os trabalhos, conferir as transferências de catequizandos, encontrar soluções... O pároco deve ser consultado quando necessário; outras pessoas talvez possam ajudar a superar problemas pontuais como um assessor para dar um curso específico. E assim vai! Para cada problema, uma solução própria. Não há soluções prontas, nem poções mágicas que resolvem todos os males. A única solução para tudo é amor, paciência e muita coragem no trabalho evangelizador. Com o tempo, a coordenação, os catequistas, o pároco e a comunidade em geral vão ficar tarimbados nesse novo peregrinar e, apesar das novidades de cada itinerário de peregrinação, todos vão estar tranquilos sabendo que não caminham sozinhos. Como conta o Evangelho de Marcos, no cair da tarde, na travessia para o outro lado da margem, Jesus está no barco dormindo sobre um travesseiro. Ele está conosco, mesmo que algumas vezes pareça não se importar com as ondas e o vento que nos fazem afundar. Não há nada a temer: o Ressuscitado está no barco e nos conduz, ainda que não pareça.


Um costume que a catequese costuma trazer de outros tempos é o de reunir catequistas e pais para avaliar o trabalho e participar a família sobre a caminhada dos filhos. Somos favoráveis a não forçar os pais a reuniões, nem a qualquer outro compromisso que visse impor a eles uma tarefa na caminhada catequética. Somos de opinião que não se deve cobrar dos pais o que eles mesmos não receberam. Os pais são de uma geração que traz um déficit de iniciação na fé cristã e não estão aptos a iniciar seus filhos nessa experiência. Eles próprios precisam ser evangelizados; precisam fazer seu encontro com o Deus de Jesus Cristo. A maioria deles não encontrou ainda aquela “pérola preciosa” de que fala Mateus no capítulo 13, aquela pela qual se deixa tudo, se vende tudo, só para possuí-la. Reunir os pais para obrigá-los a acompanhar mais de perto a catequese é perda de tempo. Os pais mal têm tempo para ajudar os filhos nos deveres escolares. Eles param pouco em casa; trabalham muito e, normalmente, o emprego é longe de suas residências, obrigando-os a passar horas no trânsito. Não adianta cobrar deles. Eles não precisam de cobrança. Precisam de apoio. Por isso a paróquia adotou o sistema da Catequese Permanente. Foi para apoiar os pais, ajudando-os a educar seus filhos na fé, que a catequese sofreu toda essa mudança. Estamos certos que aquela família tradicional, religiosa, com valores cristãos bem estabelecidos, não existe mais. Aquela família que chamávamos de Igreja doméstica, onde papai, mamãe e filhinhos rezavam juntos o terço da virgem, entrou em extinção. Cobrar e brigar não vai resolver. Vamos atrair os pais para a comunidade eclesial com outro tipo de proposta. No próximo artigo, falaremos sobre as reuniões com os pais, como fazê-las, dando sugestões bem concretas.







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